quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Desenhos serenenses

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"A fronteira do amanhecer"


Um fim de tarde sem destino e uma ida ao cinema. Para ver Louis Garrel sob a batuta do pai, Philipe Garrel, mais uma vez. E é bom saber que um filme feito este ano pode ainda ser tão melancólico e desesperadamente romântico, anacrónico como as velhas línguas esquecidas. E há uma fotogenia tão comovente nos actores, que torna toda a dramaturgia válida, mesmo esta que fala das coisas de sempre: a amor, a fidelidade, a morte e todos os seus fantasmas. Cá fora já era noite e chovia, eco perfeito para a ressonância de tanta triste beleza, a dos rostos hipnotizantes de Louis e Laura Smet.

Waiting for my man

Onde está a alma?


Emprestado/recomendado por uma amiga, com o intuito de me enturmar um pouco com os termos das neurociências. Felizmente é escrito por um não-cientista, um economista/advogado fascinado pela ciência e pela sua divulgação. Como tal, entra com pézinhos de lã e tenta explicar os meandros do conhecimento actual no que diz respeito a esse grande universo desconhecido: o cérebro humano. Inclui perspectivas sobre a explicação do comportamento humano que como sempre nestes campos me perturbam (o biológico a contrapor-se ao social e ao cultural, pois está claro), mas há um tom geral bastante bem disposto e condimentado com exemplos mais ou menos próximos do quotidiano de qualquer cérebro... perdão, ser humano. Por exemplo? Somos os únicos seres no planeta com capacidade para conceber a ideia de futuro, contudo somos totalmente incapazes de prognosticar acertadamente as nossas emoções ou de criar empatia com o nosso próprio lugar nesse amanhã. O que aparentemente explica porque depois de termos decidido não voltar a olhar para comida durante uma semana após o Natal, nos voltamos a empanturrar de guloseimas à primeira oportunidade; ou o quão errados estamos quando achamos que vamos estar visceralmente melancólicos ou a rebentar de felicidade para todo o sempre.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Colegas (pausa para café)

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Sound and vision #2



quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Sound and vision #1



Beispiel #3


- Este saiu-te bem.
- Parece que vem lá dos frios. Cheio de fome. Como o estudante do 'Crime e Castigo'.
- Sim. "Ah matei a minha avó! Como eu sofrooo!"
- Olha, não sei, usei as tintas que sobraram na paleta. Os pincéis já estavam imundos.
- Para mim é outro auto-retrato.
- E ele a dar-lhe...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Bombonária

Mais uma troca de prendas, mais um paradoxo: se todos acreditamos oferecer prendas maravilhosas, porque é que recebemos sempre monos? Makes you wonder...

Je veux voir


Título dum filme híbrido (quase reportagem, quase ficção), a sua indefinição poderia ter arrastado um quase vortex de emoções. Tínhamos as paisagens deslumbrantes do Líbano, tínhamos a abstracção e os paroxismos da guerra, tínhamos a disponibilidade da diva, que mantém o seu irrepreensível magnetismo, tínhamos a vontade de ver tudo isto. Mas a fita é preguiçosa, embalada pelas boas intenções, e damos por nós a torcer para que realmente aconteça algo de emocionante aos dois protagonistas. Salvam-se apenas duas pequenas sequências: Deneuve adormecida, num belo contra-campo com a imagem desfocada de campos de flores; e o longo traveling pelos montes de destroços dos bombardeamentos, empurrados por bisarmas para o mar, que assim engole uma cidade e devolve à costa o seu cuspo vermelho.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Mr P.

Praia do Homem do Leme

sábado, 20 de dezembro de 2008

O post de sábado à noite

Mais duas missões para o Major Tom: numa segunda-feira gelada, atravessando serras pontuadas com neves e a combater as subidas com um motor engatado em segunda, fui parar à escola de Arco de Baúlho, onde me receberam três turmas de nono ano. Falamos de preconceitos, sexualidade, o vocalista dos Tokio Hotel e as vicissitudes da vida a dois (gender regardless...). Dois dias depois, uma pequena conversa com uma turma de 'utilizadores de drogas', desta feita para partilhar a experiência associativa, mas sobretudo para ouvir falar no consumo pesado na primeira pessoa. Aprendo a cada dia, basta que me deixe levar pelos desafios. (isto agora soou muito Simone de Oliveira, mas quem nunca se deixou levar por acessos de 'vítima da vida' que atire a primeira pedra).

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Formação sui generis


Calha-me a mim estar com a turma amanhã! Estou curioso...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Na pastelaria


Eu desenho-os a eles, eles desenham o quê?

domingo, 14 de dezembro de 2008

El Guincho

As mulheres de Paulo Ribeiro


Foi ontem, numa noite chuvosa de Guimarães, que um magnífico quinteto de intérpretes nos ofereceu a outra metade da peça do coreógrafo português. Humor e inteligência, num trabalho que dá vontade de rever em complementaridade.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Para a petizada!


Cortesia da Pele, com uma perninha (pequenina) minha no cenário.
13 Dezembro 2008 16h , FÁBRICA - Rua da Alegria 341, Porto.
18 Dezembro 2008 10h, Auditório de Aldoar, Porto.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A lula papa o pão


- Então que letras já aprendeste, Mimi?
- O a, o é, o i, o ó e u. (pausa) O lê e o pê. Toma, este desenho é para ti!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Música (e vídeo) para ganhar coragem...


... para mais uma semana. Meu deus, ainda existe desta inocência neste mundo?
El Perro del Mar: "God Knows (you gotta give to get)"
(para ver em full screen)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Porto ao deus dará

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Olivier Messiaen: 1908-2008

Para assinalar o centenário do nascimento do compositor, e em homenagem, sugiro a audição, num ambiente silencioso e de olhos fechados. Beleza estranha e destroçante, daquela com que precisamos de lavar a alma periodicamente. É a estreia desta aplicação no blog (prometo que a próxima será mais alegre).


PS: a peça completa vai ser apresentada na Casa da Música no próximo dia 10, e é de lá que cito:
Entre 1940 e 1941, Olivier Messiaen esteve preso num campo de concentração na Alemanha, contando com vários músicos entre os seus companheiros de cárcere. Foi para eles que escreveu o Quarteto para o Fim do Tempo, estreado a 15 de Janeiro nesse local de horror que dava pelo nome de Stalag VIII, a Este de Görlitz. Messiaen atribui a inspiração da peça ao Apocalipse de São João. Uma passagem do livro descreve um anjo que ao descer do céu colocou um pé sobre o mar e outro sobre a terra e "jurou por aquele que vive nos séculos dos séculos, dizendo: não haverá mais tempo, mas no dia da trombeta do sétimo anjo, o mistério de Deus consumar-se-á."
(para os ateus, basta substituir por 'mistério da vida' e tudo volta a fazer sentido)

Beispiel #2

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Schizzi

Esboçar é um exercício efémero quando o motivo está adormecido por breves instantes. Aqui, no Intercidades das 6h52 para Lisboa (com uma interessante estratégia de isolamento), à ida...

... e no regresso, no Alfa das 18h09 para o Porto.

Pelo meio, um 'encontro' de Centros Novas Oportunidades na antiga FIL, muito institucional e auto-promocional, com direito a discursos bem intencionados de vários ministros, entre eles o primeiro, e testemunhos mais ou menos comprometidos de analistas, especialistas, empresas e coordenadores de CNO's.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Beispiel #1


Acrílico em tela 40x40cm
Resultados de mais um workshop no Gato Vadio nos próximos dias. A sorte esteve do nosso lado e tivemos quase sempre o previlégio de pintar ao ar livre, num desses estupendos logradouros que o Porto esconde.