sexta-feira, 30 de abril de 2010

Má educação cinematográfica #3


in The Last Picture Show, de Peter Bogdanovich (1971)

Quase a preto e branco #10 (final)

Quase a preto e branco #9

O Papa já cá está


A missa aconteceu ontem à noite, no Coliseu do Porto. Cadê a tolerância de ponto?
Ponto altos da homilia:
- "À Distância" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
- "As Ilhas” (Piazolla/Geraldo Carneiro)
- "Fala" (João Ricardo / Luli)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Proust, d'aprés Botton


A partir de uma recomendação na caixa de comentários deste mesmo blogue, segui a pista para a minha terceira leitura deste filósofo/divulgador. Confirmou-se a dimensão pragmática da sua praxis reflexiva: a história do pensamento humano, feita a partir dos seus maiores representantes (filósofos, cientistas, escritores), é um pretexto para a auto-descoberta e para aquilo que Giddens designaria a reflexividade do self, essa dinâmica permanente de auto-revelação e recriação identitária. É isso que nos faz melhores autores da nossa própria história: melhorar o olhar sobre sobre o que nos rodeia, parece dizer Botton a partir da divertida digressão pelos meandros da vida e obra de Marcel Proust.

domingo, 25 de abril de 2010

Pernas a caminho


Um sábado de regresso ao Gerês, que se revelou em plena majestade verde e solar, graças ao profissionalismo e generosidade dos incansáveis caminheiros d'Um Par de Botas.

Da sombra para a luz


Em pleno período de comemoração do 25 de Abril, tive o privilégio de participar com uma pequena ilustração de capa para esta edição da ALPE (Agência Local em Prol do Emprego, estrutura da câmara municipal de Santa Maria da Feira). Inclui valiosos testemunhos de cidadãos em situação de desemprego, provas de auto-superação em tempos de crise que evocam o espírito dessa Primavera que há 36 anos atrás mudou o curso das nossas vidas.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

The Sonic experience


Hoje à noite, no Coliseu do Porto. Até lá, all you teenage riot girls and boys.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Dois poemas de Luís Miguel Nava (1957-1995)

Rapaz

Não sei como é possível falar desse
rapaz pelo interior
de cuja pele o sol surge antes do o fazer no céu.


Crepúsculo

Ao sol começa a faltar lenha, a rua
por onde agora eu sigo
vai só até onde a memória a conseguir abrir


in Luís Miguel Nava - Poesia Completa 1979-1994, publicações Dom Quixote (2002)



Duas pequenas pérolas de uma poesia brilhante e repleta de imagens inquietantes, como se pede à escrita. É uma edição que talvez só se encontre a pedido, numa daquelas livrarias onde não se aborrecem muito por aceder aos nossos caprichos. E que melhor homenagem a Nava do que a leitura?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ervas Daninhas, de Alain Resnais


Maravilhoso cartaz, o da última fantasia de Alain Resnais, que acabei de ver há uma hora e pico. É apaziguador saber, ao fim do que às vezes parecem eras de cultura enlatada e imbecil, que ainda se faz cinema assim, que nos trata como seres pensantes e capazes de aceitar a perplexidade como um desafio, que se constrói de forma híbrida, com uma liberdade formal e narrativa muito mais radical, apesar do aparente classicismo (e apesar da idade do autor), do que um milhão de Avatares empilhados com neóns ofuscantes e a gritar: 'gostem de mim!'

sábado, 17 de abril de 2010

Fim da semana

Divo do mês



Já deram por ele? Chama-se Thomas Jane e dá nas vistas num filme foleiro de acção, drama ou comédia perto de si (é com ele que assumo a minha inscrição na linhagem de bloggers que se dedicam a elogiar frivolidades).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Dias úteis

Acordar sem vontade, batalhar com a inércia do corpo e correr para o trabalho, rever e concluir o relatório de actividades, dar duas de letras com dois ou três utentes, meter uma bucha no bucho e ir de rajada para Braga, encontrar a escola de Direito no Pólo Universitário, esperar pelos outros convidados (maldizer o institucionalizado atraso de uma hora para começar seja o que for neste país), intervir num prós e contras sobre adopção por homossexuais, tentar levar a melhor, regressar com o cansaço no bolso, aterrar no sofá, descontrair com tarefas culinárias (jantar mais bolo de mel e noz) e o tal do amor. Uma quinta-feira como outra qualquer.

terça-feira, 13 de abril de 2010

My lives, de Edmund White


Uma autobiografia de alguém que admiramos exerce sempre (pelo menos para mim) uma atracção indefinível, porque nos permite partilhar a sensação de diálogo murmurado, uma ilusão de intimidade com maior validade do que um simples par de encontros sociais. Passamos (ou desejamos passar) a conhecer essa vida de uma forma particular, como se dentro de um clube exclusivo. Entregues a essa ilusão, abandonamo-nos ao prazer da leitura. Edmund White, um autor de escrita já de si de cunho autobiográfico (mesmo quando ficionada, a sua literatura bebe na experiência da vida, da juventude, com "A vida privada de um rapaz" ao amadurecimento, com "Um homem casado" e "Sinfonia a Despedida", todos imprescindíveis), entrega-nos um retrato desarmante de franqueza, com uma mestria insuperável neste registo. Raras vezes (ou nunca) me deparei com uma história de vida descrita de forma tão crua e despida de censuras, tão majestosamente humana.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dar música

Depois de um fim de semana bem preenchido de tios a cargo com as sobrinhas, e de outro com uma Páscoa à maneira (isto é, sem crucifixos e com bons repastos com amigos e familiares), os dias correm na sua deliciosa vulgaridade, agora tingidos de Primavera e com horário solar alargado: trabalho, corridas na praia e na marginal, acompanhamento das obras, leituras e namoro. É certo que a capacidade de exprimir ideias se reduz consideravelmente nestas alturas, pelo que não me resta senão dar-vos música (e que música!).

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Quase a preto e branco #8

Quase a preto e branco #7