quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Teatro contra o bullying homofóbico

Para L. #2

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Projecto Educação LGBT

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Para L.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Uma coisa do género...

Enquanto hoje volta à Assembleia da República a decisão sobre a lei de identidade de género (já sem possibilidade de veto presidencial no caminho), cruzei-me com uma imagem da Pantera Cor-de-Rosa, e depois de um pequeno inquérito pelas redondezas, apercebi-me que é uma personagem de uma ambiguidade sexual flagrante. Há quem diga que é um macho e há quem diga que é uma fêmea, mas muitos nunca se tinham interrogado (até existe um colectivo de activistas LGBT cujo nome se terá inspirado nessa ideia). Todos e todas temos uma dívida para com aqueles e aquelas que lutaram por este momento político, que será, espero, um contributo para que os papéis de género não sejam uma forma de aprisionamento e castração, mas sim de identificação, afirmação e crescimento pessoal.
PS: já está!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"O pintor de batalhas", de Artur Péres-Reverte

De todas as experiências, imagens e emoções vividas por um fotógrafo de guerra, o que permanece impresso na sua memória? Qual o peso de uma dor, de uma injustiça, de uma morte? Algo que ultrapassa a sua capacidade de raciocinar? E se for algo que o atormenta, uma obsessão equivalente a um impulso suicida? Poderá libertar-se através da pintura, procurar refúgio e combater os demónios recriando-os com pigmentos numa superfície despojada? É o que procura o protagonista desta história, um texto de leitura algo dolorosa e que ganharia, a meu ver, com alguma economia narrativa (um conto de 40/50 páginas não ganharia em eficácia e impacto?). Talvez o escritor de origem cartagenense, ele próprio jornalista, tenha necessitado de espaço para expor os seus próprios demónios. De resto, a descrição do desafio que é pegar nos materiais, dominá-los e transformá-los em médium das imagens no cérebro é bastante bem feita, como poderá asseverar quem já tentou calcorrear essa estrada.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"The magic" - Joan as Police Woman


A magia de um(a) artista surpreendente, com quem partilhei um excelente concerto há tempos na Casa da Música. Regressa ao Porto, dia 15 de Março, no Hard Club. Era só para avisar...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Papá não entra

Foi num sábado, entre chás e (muitos) bolinhos, biscoitos e outros doces: seis mulheres em estado de gravidez, juntas ao vivo e a cores. Resultado? Trocas de ecografias, conselhos de alimentação, cremes e vestuário, bitaites sobre o papel dos homens e sobretudo uma conversa deliciosa, sem censuras e cheia de pequenas peripécias que tive a sorte de partilhar (e que me fez lembrar outras 'Embroideries'). Uma oportunidade única num ano de excepcional colheita demográfica. Eu, sendo homem, sonhei que estava grávido, e conquistei assim o meu convite. Boa sorte, miúdas! Ah, para os pais: a minha boca é um túmulo!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A magia de Ralph Konig

in "Et maintenant, embrassez vous!"

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"Um lugar à beira-mar", de Takeshi Kitano

Outro filme da curiosa selecção distribuída com o Público nas últimas semanas, foi uma boa surpresa. Kitano, com quem descobri uma nova afinidade através da paralisia facial que lhe tolheu a expressão, é um actor que vem da comédia e é ainda uma vedeta nesse registo, no seu país Natal. Ver os seus filmes (e este em particular) é redescobrir o cinema (e o humor e o amor dentro desse cinema) sem dois dos seus maiores ruídos: a palavra e o actor. Tudo é claro como a água que enfeitiça o protagonista e como as emoções que esta pequena história nos desperta.

A vida como ela é

Ouves o som intermitente que te desperta. À terceira vez, meia hora depois, decides-te a erguer o corpo, como uma mola. Abres a persiana e espreitas o que o dia te vai trazer: trabalho, pessoas que despejam na secretária histórias que trazem às costas, almoços mal digeridos, equipar e desequipar para montar e desmontar a mota, telefonemas e mensagens, fatias de livros lidos na maca, durante a electro-estimulação. Vais adiar encontros e pensar em alguém que não vês há muito tempo, vais adiar o mestrado. Talvez meia hora de voluntariado, talvez meia hora de Internet, beijos, o amor e às vezes um cigarrito, não necessariamente por esta ordem. Aguardas o fim do dia. Quando o dia acaba aguardas o fim da semana. Depois aguardas o fim do mês, as férias, o fim das férias, o Natal e o fim da década. Nunca, mas nunca, aguardas o fim do mundo, porque é nele que vives a ilusão e a desilusão, mas às vezes pensas que é um mundo delicado e não percebes como ele se aguenta suspenso no espaço. E desligas o despertador uma última vez, porque já não sabes em que gaveta arrumaste a coragem.