segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"A fronteira do amanhecer"


Um fim de tarde sem destino e uma ida ao cinema. Para ver Louis Garrel sob a batuta do pai, Philipe Garrel, mais uma vez. E é bom saber que um filme feito este ano pode ainda ser tão melancólico e desesperadamente romântico, anacrónico como as velhas línguas esquecidas. E há uma fotogenia tão comovente nos actores, que torna toda a dramaturgia válida, mesmo esta que fala das coisas de sempre: a amor, a fidelidade, a morte e todos os seus fantasmas. Cá fora já era noite e chovia, eco perfeito para a ressonância de tanta triste beleza, a dos rostos hipnotizantes de Louis e Laura Smet.