segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Onde está a alma?


Emprestado/recomendado por uma amiga, com o intuito de me enturmar um pouco com os termos das neurociências. Felizmente é escrito por um não-cientista, um economista/advogado fascinado pela ciência e pela sua divulgação. Como tal, entra com pézinhos de lã e tenta explicar os meandros do conhecimento actual no que diz respeito a esse grande universo desconhecido: o cérebro humano. Inclui perspectivas sobre a explicação do comportamento humano que como sempre nestes campos me perturbam (o biológico a contrapor-se ao social e ao cultural, pois está claro), mas há um tom geral bastante bem disposto e condimentado com exemplos mais ou menos próximos do quotidiano de qualquer cérebro... perdão, ser humano. Por exemplo? Somos os únicos seres no planeta com capacidade para conceber a ideia de futuro, contudo somos totalmente incapazes de prognosticar acertadamente as nossas emoções ou de criar empatia com o nosso próprio lugar nesse amanhã. O que aparentemente explica porque depois de termos decidido não voltar a olhar para comida durante uma semana após o Natal, nos voltamos a empanturrar de guloseimas à primeira oportunidade; ou o quão errados estamos quando achamos que vamos estar visceralmente melancólicos ou a rebentar de felicidade para todo o sempre.