terça-feira, 31 de março de 2009

Happy Go-Lucky


Mais um tiro no alvo de Mike Leigh, o mestre britânico, aqui num verdadeiro tratado sobre o poder redentor do optimismo. Contrariamente ao que se tem dito, não falta negrume à história (ele existe até em doses extremas na personagen nemésis da protagonista - o fanático instrutor de condução), simplesmente ele constitui-se como um desafio permanente à extraordinária capacidade de conter e irradiar alegria de Poppy, a desengonçada mas atenta educadora de infância que entra no filme de bicicleta e sai num barco a remos, sem ter de facto aprendido a conduzir um automóvel (imagem perfeita para a incapacidade para cooperar com essa raíz de tanto mal estar em grandes metrópoles como esta Londres de início de milénio).