sexta-feira, 14 de março de 2008

Hora yoga

Enquanto se ultimam os preparativos para a última candidatura aos dinheiros europeus, garantindo assim mais um ano de ganha-pão, já só conto as horas para a próxima sessão de yoga. É só atravessar a rua de casa, descer pelo pátio onde uma magnólia gigante se despede das últimas folhas, atirando-as suavemente para um pequeno lago, e entrar para a pequena sala com grandes janelas de vidro. As velas já estão acesas, é só escolher um tapete, recomeçar a respiração (há algo nestas sessões que relembra um reinício das etapas primordiais) e pensar no corpo como um instrumento cujas cordas vão ser tangidas nos próximos sessenta minutos, libertando da concavidade a ressonância suja de uma semana de trabalho.