quinta-feira, 20 de março de 2008

Max e o homo ludens

Agora eu era o herói. Ou era um adulto a brincar às crianças. E a perceber no processo que sou uma criança perdida e atrapalhada. Mas tudo se resolvia. Estive três dias com Max Haetinger, na FPCEUP. É um cara brasileiro, alto-astral e alto-intelectual, que brincou com companheiros como Paulo Freire e Rubem Alves. Para ele, aprendizagem sem lúdico não avança. A formação era sobre isso, e como parecia tão distante do meu universo decidi espreitar. Falou-se, brincou-se, dançou-se, cantou-se e fez-se poesia colectiva. E afinal a lúdico venceu as minhas resistências, aquele impulso recorrente para sair da sala e enfiar-me em casa. Havia uma luminusidade naquelas sessões que por contraste revelou o negrume do meu quotidiano profissional. Mas não terão também os meus adultos nas Novas Oportunidades vontade de brincar?