quarta-feira, 17 de novembro de 2010

(Des)Função pública

De vez em quando espreito os concursos públicos no Diário da República e concorro, sem convicção, mas quase por sentido de responsabilidade. Quando finalmente chega a hora de prestar provas, uma inércia indolente toma conta de mim (anti-corpos criados por muito convívio diário com maus exemplares de funcionalismo público?...). Há dias, depois de demorada ponderação, acabei por comparecer numa prova escrita de conhecimentos. O regulamento indicava um conjunto de leis (que obviamente não li) sobre a função pública como base do exame mas tinha a vaga esperança que aparecessem questões abertas sobre, sei lá, coisas pertinentes para o desempenho da função tipo qual o papel das autarquias no desenvolvimento local e que tipo de prioridades podemos definir para as políticas sociais. Mas não, era mesmo só e exclusivamente sobre contratos, regulamentos, direitos e deveres na função pública. Li o formulário e devolvi-o, dando conhecimento da minha desistência, para grande perplexidade das vigilantes, que ficaram um pouco sem saber o que fazer. Talvez não estivesse escrito nos procedimentos...