terça-feira, 23 de setembro de 2008

Três tempos


Como uma qualquer obra de contos, há-os mais interessantes ou intrigantes do que outros. É o mesmo com este filme de Hou Hsiao Hsien: temos altos e baixos, mas em diversidade suficiente para não nos aborrecer. Existem três épocas, três histórias e três abordagens formais, sempre com os mesmos actores (é um exercício interessante assistir às suas metamorfoses, talvez mais até do que às transformações estilísticas dos episódios). No cômputo geral, uma proposta a ver com disponibilidade, elegante e contemplativa, e que nos traz bons agoiros do cinema do oriente. O ciclo, que é uma óptima oportunidade para repescar filmes perdidos durante os últimos meses, continua no Teatro do Campo Alegre (valha-nos estas migalhas, sem uma cinemateca no norte...).