quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A voz, as vozes

Acordei sem voz. A previsão de dias introspectivos de visita pelas bandas da quinta do Sardão materializa-se, portanto, na ausência de discurso. Não calha mal a ironia. Ocasião para leituras, pinturas (sim, o regresso do gato vadio!) e uma reconciliação com a margem sul do Douro. Sem voz, cheiro nem paladar, resta-me mimar os outros sentidos, e pelo meio por audições em dia (em modo schuffle: Six Organs of Admittance, Grace Jones, o último Portishead, sonatas de Tartini, Gang Gang Dance ou Los Campesinos) e um rendez vouz com os etéreos Beach House no Passos Manuel. É hora: devolver a trouxa à mala (parece-me que pertencem mais lá do que aos armários) e abalar. This is Major Tom to Planeta Ju.