segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Raio Verde, de Jules Verne

Em 1882, quando a obra foi editada, duas visões do mundo opostas degladiavam-se para conquistar a predominância: de um lado, o positivismo racionalista, a crença no poder explicativo da lógica e dos teoremas matemáticos; por outro, o romantismo apaixonado, o olhar dos artistas, da poesia e dos fantasmas. Neste pequeno romance, à sombra dos imensamente mais célebres "Viagem ao centro da Terra" ou "As vinte mil léguas submarinas", dois personagens encarnam, cada um, as mundividências contrastantes. Caberá à protagonista, uma heroína curiosa e destemida, a escolha amorosa que designa também a identificação do imaginativo autor. O livro, esse foi descoberto numa simpática feira de antiguidades e velharias em Aveiro, numa dessas escapadelas com que tentamos combater a neura dominical.