segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ervas Daninhas, de Alain Resnais


Maravilhoso cartaz, o da última fantasia de Alain Resnais, que acabei de ver há uma hora e pico. É apaziguador saber, ao fim do que às vezes parecem eras de cultura enlatada e imbecil, que ainda se faz cinema assim, que nos trata como seres pensantes e capazes de aceitar a perplexidade como um desafio, que se constrói de forma híbrida, com uma liberdade formal e narrativa muito mais radical, apesar do aparente classicismo (e apesar da idade do autor), do que um milhão de Avatares empilhados com neóns ofuscantes e a gritar: 'gostem de mim!'