sexta-feira, 4 de abril de 2008

O capote de Gogol


Lê-se num instantinho de prazer, o famoso conto a propósito do qual Dostoievski afirmou: “Todos nós nascemos do Capote, de Gogol”. Trama simples e escrita fluída, sem parágrafos, para um mergulho na leitura, que nos faz acreditar nos fantasmas e divisões da Petersburgo do século XIX: que melhor imagem da estratificação que a sequência nocturna em que o protagonista, de regresso de uma festa, atravessa a cidade ofuscado pela luminusidade das ruas centrais para a escuridão progressiva da periferia?