sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Non ma fille tu n'ira pas danser

Há actores e actrizes que admiramos porque são profissionais, matéria moldável e generosa para o que os escritores e realizadores queiram fazer deles. Por isso, valem em cada filme o que vale o trabalho destes e o que a história e as personagens nos dão. Depois há os que possuem a tal da persona, e que pelo seu carisma nos enfeitiçam, levando-nos a lugares desconhecidos recheados de emoções. Chiara Mastroianni, que tem na sua composição genética os ingredientes ideais, pode agora, no meu coração, colocar-se nesse clube tão restrito e especial. Fá-lo num filme mal amado por críticos e público (éramos somente quatro de nós ontem, naquela pequena mas cada vez mais preciosa sala do Teatro do Campo Alegre), mas isso quanto a mim ainda faz refulgir mais o brilho deste novo filme de Christophe Honoré, que aprendi agora a amar. A actriz em versão musa musical