sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010


"Provérbios flamengos", de Peter Brueghel

Mais um ano, mais uma década, mais uma corrida, mais uma viagem. Os balanços forçados nunca saem tão bem como aqueles momentos raros de epifania em que nos sentimos em equilíbrio, situados numa determinada convergência do espaço e do tempo. De qualquer das formas, assim de repente (e consultando o registo no blog) houve lugar para uma mão cheia de memórias para arquivo futuro:
- algumas viagens (Cuba, Nápoles, Stromboli, Bélgica), incluindo uma estadia com formação em Roma para agitar águas laborais;
- belos concertos (Sonic Youth e Broken Social Scene à cabeça, bem distantes);
- belos álbuns (não necessariamente editados mas muito ouvidos este ano: Broken Social Scene - "Forgiveness rock record", Sonic Youth - "The Eternal", David Byrne - "Here lies love", Florence and the Machine - "Lungs", Francisco Ribeiro - "Desiderata", Beach House - "Teen dream", Morrissey - "Year of the refusal", El Guincho - "Pop negro", The Do - "A mouthfull", Carminho - "Fado", Best Coast - "Crazy for you"
- filmes especiais: "Non,ma fille tu n'ira pas dancer", de Christophe Honoré, "Les herbes folles", de Alain Resnais, "Plan B", de Marco Berger
- livros para recordar: "My lives", de Edmund White, "a máquina de fazer espanhóis", de valter hugo mãe
- piscinas, corridas e a bicicleta na cidade
- a operação da mãe
- as visitas às escolas, para pregar a diversidade
- a gravidez de Miss B, Miss S. e Miss J.
- uma casa na baixa
- contemplar as pinturas de Brueghel, os subterrâneos napolitanos, um incêndio no vulcão, ouvir Pergolesi no Pantheon, um passeio nocturno na isola tiberina
- o amor, o amor, o amor...


Foto de E.I.

No penúltimo dia do ano, criei também um perfil no facebook. Fi-lo para satisfazer a curiosidade do sogro, mas também porque se criou uma inevitabilidade pessoal e profissional (vou ter que gerir os conteúdos no perfil da minha instituição, por isso convém saber onde é que me vou meter). Mas não acreditem muito no que lá virem. É que eu às vezes não sou muito eu.