terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ciao Vespa


É muito giro, é muito bonito... e é perfeitamente inútil. Desde que a comprei que a bela lambreta só me dá dores de cabeça: senão falha o motor é a embraiagem, senão é a manete das mudanças é o travão, senão é o depósito a verter gasolina é o raio que o parta. Cansei de ser deixado na estrada, de empurrar, de dar ao pedal, de gastar dinheiro, de ver a mota derrubada por automobilistas f.d.p., de tentar compreender o vocabulário obscuro da seita das oficinas e de aturar o tom zombeteiro dos mecânicos e de todo o mundo que faz questão em mandar bitaites sobre o assunto. A partir deste momento a dita está oficialmente à venda, pelo que interessados em encrencas procuram-se. Um dia, quando a neura passar e reconheça que uma cidade com a geografia do Porto (como a de Nápoles, em pavimentos e declives) casa na perfeição com um veículo motorizado de duas rodas, talvez considere cair de novo na esparrela. Até lá, arrivederci Vespa.