segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Histórias da cidade do Porto

Como com frequência me apercebo, por contacto profissional, é nos relatos autobiográficos que podemos tomar contacto de forma mais completa com a diversidade de experiências sociais, culturais, políticas, económicas, enfim, humanas, que compõem a história de uma cidade. É nesses momentos, também, que dou conta com espanto da vastidão do património de conhecimento que desaparece cada vez que cada pessoa morre. Por isso me parece tão fundamental escrever, registar, traduzir memórias pessoais. Porque só esse ponto de vista tão individual, inserido numa polifonia de vozes biográficas, poderá ser capaz de conceder verdade aos factos e transportar para o presente o nosso passado colectivo. Sobretudo quando ele se intersecta de forma tão directa com a nossa própria história.