domingo, 10 de fevereiro de 2008


Sem peso aparente, as personagens de Peças em Fuga parecem corpos a tentar suster as ondas de choque de um embate que ocorreu algures no passado. São indivíduos a braços com a História (a de um passado recente, como sequela da II Guerra Mundial, mas também a da arqueologia e da geologia), com o legado de candura e malvadez que nos faz humanos, mas também a estrebuchar com as forças telúricas. E é uma prosa poética que sustenta a tempestade e o amor que a combate, num livro que se herda e se transmite de novo, como um património universal.