quarta-feira, 11 de maio de 2011

Esquissos berlinenses (Engel über Berlin)

(em Nikolaikirche, Berlim)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Técnica mística #6

(trabalho conjunto Mimi+Major Tom)

Técnica mística #5

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Técnica mística #4

(back to life, back to reality...)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Técnica mística #3

(seguida de pequeno interregno berlinense)

domingo, 24 de abril de 2011

"Crime e Castigo", de Fiódor Dostoiévski

Como alguém disse, temos muito pouco tempo por aqui, por isso se queremos uma boa educação porque não ir direito aos clássicos? E com este, se temos uma aposta ganha! Um grande grande romance, a partir do qual podemos deduzir autênticas correntes da filosofia e, basicamente, reflexões pertinentes sobre as grandes questões da vida: porque estamos aqui, qual o valor de uma vida, o que significa a culpa e qual o poder do amor? Recomendável para as próximas gerações, se as queremos ricas em indivíduos críticos e apaixonados. Há uns tempos (meu Deus, já se passaram anos, apercebo-me agora) surgiu-me esta personagem numa tela durante um workshop dinamizado num humilde logradouro aqui da baixa. O 'monitor', um muito jovem e interessantíssimo artista sérvio que escapou de uma guerra demasiado sangrenta, quando viu a tela fez uma mímica encarnando o protagonista deste romance, dilacerado pelo remorso. O livro ficou na lista da mesa de cabeceira desde então. Obrigado, Nikola.

Técnica mística #2

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Técnica mística

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Achaques socio-lógicos

A tentar, sem grande sucesso, retomar o interesse pelos estudos (pastilhas de motivação procuram-se), vagueio pelas prateleiras das livrarias à procura de títulos e autores apelativos. À procura de novas reflexões sobre os movimentos sociais (e, mais especificamente, sobre os chamados 'novos movimentos sociais') cruzei-me com este "Nove lições de Sociologia", do conhecido Michel Wieviorka, que numa linguagem desmistificada e crítica procura sintetizar vários discursos e correntes de pensamento sobre fenómenos como a violência, o racismo, novas identidades e sobretudo, essa relação tão tensa entre actor e estruturas, cuja interpretação tem criado cismas tão profundos nesta ciência e que se constitui como o eixo a partir do qual a mudança pode ser descodificada.

To all you boys and girls who headed for the big city

terça-feira, 19 de abril de 2011

Campanha irlandesa contra o bullying homofóbico

Precisamos de uma destas por cá...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Personagens à procura de uma história #2.6

sábado, 16 de abril de 2011

Delícias galegas...

... num sábado de Abril.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Personagens à procura de uma história # 2.5

quinta-feira, 14 de abril de 2011

"O Tio Boonme que se recorda das suas vidas passadas", de Apichatpong Weerasethakul

Vi ontem este filme praticamente sozinho numa sala de projecção multiplex (um claro erro de casting, provavelmente cometido inadvertidamente; ainda entraram mais alguns espectadores, porque era a última sessão disponível naquele horário, mas saíram passados uns minutos, imagino que para a sessão de porrada digital da sala ao lado). Talvez o único filme tailandês que jamais assisti em vida, causou grande furor nos circuitos de cinema 'erudito' nos últimos tempos e fiquei curioso. Há um lado de desconstrução narrativa para o qual já ia preparado (embora não seja tão grande como o que imaginei, lendo as críticas). Para o que não ia preparado, e foi o que me surpreendeu, foi para esse lado onírico, sim, mas sobretudo telúrico: tudo - personagens, fantasmas, os sons, a floresta, a caverna, a penumbra, parece pertencer um lado primitivo, ligado a uma natureza que não sei se será de outro tempo ou de outro mundo, mas é diferente da que até agora conheci. Não é a nova galáxia cinematográfica que (imagino por contraste com o chamado formato 'mainstream') alguns quiseram anunciar, mas tem momentos comoventes e vale bem a pena espreitar e viver a experiência.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Qualifica 2011

No fim de semana por aqui. Quem quiser visitar é só imprimir esta imagem horrorosa e levar.

quarta-feira, 30 de março de 2011

O escritor e a escrita

Outro romance (novela?) de Cunningham sem grande chama, lido quase como quem procura no último parágrafo a redenção das trezentas páginas anteriores. Existem ingredientes que alimentam essa esperança, que se concentram nas personagens e na sua pequena história individual (e era aí que residia o fascínio singular de livros que não trouxeram fama ao autor, como "Sangue do meu sangue" ou "Uma casa no fim do mundo"). Mas a vontade de erguer a fasquia da narrativa a outros patamares, um certo ensejo de épico e ensaística, águas onde evidentemente nem todos sabem navegar, tornam flagrantes os limites do escritor (precisamente para além do material humano e quotidiano que poderia evidenciar a sua identidade).

terça-feira, 29 de março de 2011

Educação LGBT em digressão

Novas sessões do Projecto Educação LGBT em Valongo, Castelo de Paiva e Resende. Quanto mais longe dos centros urbanos, maior é a necessidade de 'picar pedra', sobretudo em contextos pouco habituados a debater o conceito da diversidade (e onde aparentemente essa diversidade é menos visível) e sobretudo a chamar as coisas pelos nomes, no que diz respeito à identidade sexual. É o activismo gay on the road e fico feliz por poder participar.

sábado, 26 de março de 2011

"L'Illusionniste" - Tati por Chomet

Um maravilhoso filme artesanal que é imperativo conhecer, para todos os amantes do cinema. Adaptação feliz de um argumento original de Jacques Tati, é uma singela história de amor à delicadeza e à linguagem com que se constrói um humor sui generis, muito feito de pequenos pormenores, para o que contribui a adaptação cuidadosa feita por Sylvain Chomet (valor seguro depois de "Les Triplettes de Belleville" ou da curta "Les Vielle Dame et les Pigeons"). Escapou-me no circuito comercial (onde de qualquer das formas só podia ser visto em salas de shopping) mas felizmente moro a dois passos da Casa da Animação, que em boa hora organizou esta projecção.

Teatro minimalista

No simpático espaço do Estúdio Zero, foi interessante assistir a esta singular peça feita de diálogos banais entre dois personagens sem nome e sem história - "Holiday", dos australianos irmãos Cortese. Não existe propriamente uma narrativa, e não fosse o caso de a peça estar legendada, o mais provável seria acreditar que os actores estavam basicamente a improvisar. É verdade que nas minhas mãos a hora e vinte de duração poderiam ser 'editadas' a metade do tempo. Mas, por outro lado, a banalidade precisa de tempo para se revelar assim: recheada de pequenas pepitas filosóficas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Cineclubismos

Regresso hoje às sessões de cinema de autor, para ver um filme japonês integrado num ciclo dedicado a "Todas as famílias" (título ambicioso relativamente à amostra de filmes, necessariamente redutora se pensarmos um pouco na variedade de modelos familiares que podemos encontrar). De qualquer das formas, uma sessão fora dos multiplex, de geografias culturalmente periféricas, longe do pivete a pipocas, é basicamente algo de imperdível. Bora?

Não se passa nada...

Nem sempre a crise é tão visível como quando passamos em frente ao edifício onde está a ser organizado um encontro de moda. É ver a situação crítica de estacionamento com os jaguares, bmw e porshes a competir por um lugar, a crise de bilhetes disputados pelos interessados, ou a própria restrição alimentar a que modelos e convivas se vêm obrigados para caber nos seus parcos vestidos, seguramente retalhados por sérios constrangimentos orçamentais. Meu Deus, de facto é um verdadeiro momento de hecatombe económica. Enquanto isso, beneficiários de subsídios de desemprego e do rendimento de inserção regozijam-se com os seus gordos rendimentos, esbanjando a torto e a direito nas suas rendas de habitação de valores exorbitantes, produtos de farmácia perfeitamente supérfluos e livros escolares, que toda a gente sabe não terem utilidade nenhuma. Para quando uma mudança?

The show must go on

Enquanto governos caem e outros se agarram à vertigem do poder absoluto, enquanto povos inteiros dão lições de dignidade e eficiência mesmo em período de tragédia, a vida continua. Entre participar em campanhas de recolha de bens essenciais e visitar escolas para sessões de sensibilização LGBT (o segundo período é o mais intenso em solicitações), o que fazer senão participar participar participar?

segunda-feira, 21 de março de 2011

A ouvir (quase) non stop


Material altamente aditivo, da responsabilidade de Twin Shadow, alter ego artístico de George Lewis Jr. A ver em Vila do Conde, no dia 26 de Maio.

domingo, 13 de março de 2011

Mais uma corrida, mais uma viagem...

Numa manhã em que o São Pedro decidiu pôr em standby a chuva que se aguardava, completei com a mana mais uma divertida prova do Dia do Pai no Porto. Já em meados de Março, o projecto maratona 2011 está atrasado, mas cada prova destas é um novo alento de motivação. Preparar-me para elas é carburar corpo e mente para os verdadeiros desafios do dia-a-dia: o trabalho, a participação como livro humano numa nova ronda de bibliotecas, o tímido regresso ao mestrado, os compromissos pessoais e familiares, as leituras e os quejandos da vida.

quarta-feira, 2 de março de 2011

"Gaza: notas à margem da História", de Joe Saco

Um gigantesco trabalho de investigação jornalística e reconstituição histórica de acontecimentos que a História nunca escreveu e que precisam de ser salvos do esquecimento: os massacres de Khan Younis e Rafah em 1956. Joe Saco vai além de Palestina, o seu opus anterior e deixa-nos a sós com um trabalho difícil mas cuja clareza e importância nos devolve o investimento de tempo com um conhecimento profundo sobre a realidade retratada.

terça-feira, 1 de março de 2011

Para L. #3

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Teatro contra o bullying homofóbico

Para L. #2

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Projecto Educação LGBT

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Para L.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Uma coisa do género...

Enquanto hoje volta à Assembleia da República a decisão sobre a lei de identidade de género (já sem possibilidade de veto presidencial no caminho), cruzei-me com uma imagem da Pantera Cor-de-Rosa, e depois de um pequeno inquérito pelas redondezas, apercebi-me que é uma personagem de uma ambiguidade sexual flagrante. Há quem diga que é um macho e há quem diga que é uma fêmea, mas muitos nunca se tinham interrogado (até existe um colectivo de activistas LGBT cujo nome se terá inspirado nessa ideia). Todos e todas temos uma dívida para com aqueles e aquelas que lutaram por este momento político, que será, espero, um contributo para que os papéis de género não sejam uma forma de aprisionamento e castração, mas sim de identificação, afirmação e crescimento pessoal.
PS: já está!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"O pintor de batalhas", de Artur Péres-Reverte

De todas as experiências, imagens e emoções vividas por um fotógrafo de guerra, o que permanece impresso na sua memória? Qual o peso de uma dor, de uma injustiça, de uma morte? Algo que ultrapassa a sua capacidade de raciocinar? E se for algo que o atormenta, uma obsessão equivalente a um impulso suicida? Poderá libertar-se através da pintura, procurar refúgio e combater os demónios recriando-os com pigmentos numa superfície despojada? É o que procura o protagonista desta história, um texto de leitura algo dolorosa e que ganharia, a meu ver, com alguma economia narrativa (um conto de 40/50 páginas não ganharia em eficácia e impacto?). Talvez o escritor de origem cartagenense, ele próprio jornalista, tenha necessitado de espaço para expor os seus próprios demónios. De resto, a descrição do desafio que é pegar nos materiais, dominá-los e transformá-los em médium das imagens no cérebro é bastante bem feita, como poderá asseverar quem já tentou calcorrear essa estrada.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"The magic" - Joan as Police Woman


A magia de um(a) artista surpreendente, com quem partilhei um excelente concerto há tempos na Casa da Música. Regressa ao Porto, dia 15 de Março, no Hard Club. Era só para avisar...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Papá não entra

Foi num sábado, entre chás e (muitos) bolinhos, biscoitos e outros doces: seis mulheres em estado de gravidez, juntas ao vivo e a cores. Resultado? Trocas de ecografias, conselhos de alimentação, cremes e vestuário, bitaites sobre o papel dos homens e sobretudo uma conversa deliciosa, sem censuras e cheia de pequenas peripécias que tive a sorte de partilhar (e que me fez lembrar outras 'Embroideries'). Uma oportunidade única num ano de excepcional colheita demográfica. Eu, sendo homem, sonhei que estava grávido, e conquistei assim o meu convite. Boa sorte, miúdas! Ah, para os pais: a minha boca é um túmulo!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A magia de Ralph Konig

in "Et maintenant, embrassez vous!"

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"Um lugar à beira-mar", de Takeshi Kitano

Outro filme da curiosa selecção distribuída com o Público nas últimas semanas, foi uma boa surpresa. Kitano, com quem descobri uma nova afinidade através da paralisia facial que lhe tolheu a expressão, é um actor que vem da comédia e é ainda uma vedeta nesse registo, no seu país Natal. Ver os seus filmes (e este em particular) é redescobrir o cinema (e o humor e o amor dentro desse cinema) sem dois dos seus maiores ruídos: a palavra e o actor. Tudo é claro como a água que enfeitiça o protagonista e como as emoções que esta pequena história nos desperta.

A vida como ela é

Ouves o som intermitente que te desperta. À terceira vez, meia hora depois, decides-te a erguer o corpo, como uma mola. Abres a persiana e espreitas o que o dia te vai trazer: trabalho, pessoas que despejam na secretária histórias que trazem às costas, almoços mal digeridos, equipar e desequipar para montar e desmontar a mota, telefonemas e mensagens, fatias de livros lidos na maca, durante a electro-estimulação. Vais adiar encontros e pensar em alguém que não vês há muito tempo, vais adiar o mestrado. Talvez meia hora de voluntariado, talvez meia hora de Internet, beijos, o amor e às vezes um cigarrito, não necessariamente por esta ordem. Aguardas o fim do dia. Quando o dia acaba aguardas o fim da semana. Depois aguardas o fim do mês, as férias, o fim das férias, o Natal e o fim da década. Nunca, mas nunca, aguardas o fim do mundo, porque é nele que vives a ilusão e a desilusão, mas às vezes pensas que é um mundo delicado e não percebes como ele se aguenta suspenso no espaço. E desligas o despertador uma última vez, porque já não sabes em que gaveta arrumaste a coragem.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"A vida em surdina", de David Lodge

Um romance (sugestivo título português para o intraduzível original 'Deaf Sentence') que balança na perfeição entre o drama e a comédia, sem sair de um registo intimista, que nos faz seguir o protagonista (um professor universitário recentemente reformado, com uma surdez parcial) como uma sombra nas páginas do seu diário. A melancolia é uma inevitabilidade, mas podemos aligeirar o seu peso com alguma auto-irrisão, é a mensagem que parece sair deste texto. E podemos relativizar os nossos dramas, quando os enquadramos devidamente (veja-se a sequência seca mas eficaz da visita ao campo de Auschwitz) e eles nos fazem crescer, preparando-nos para o futuro (que é, em última instância, o que o pai do protagonista personifica).

sábado, 22 de janeiro de 2011